The Electric State, o novo filme dos Irmãos Russo, finalmente chegou à Netflix. Mas será que The Electric State: Vale a Pena Assistir? Baseado na graphic novel de Simon Stålenhag, o projeto estava em desenvolvimento desde 2017 e passou por mudanças antes de cair nas mãos dos diretores de Vingadores: Ultimato. Com um elenco estrelado liderado por Millie Bobby Brown e Chris Pratt, além de uma estética retrofuturista deslumbrante, a produção chama atenção logo de cara. Só que nem só de visual vive um filme. A questão é: essa viagem vale o seu tempo?
Uma Jornada Entre o Nostálgico e o Futurista
O longa se passa em uma versão alternativa de 1997, onde a tecnologia avançou de forma acelerada, resultando em um mundo povoado por robôs autônomos. O visual segue um estilo retrotec, misturando estética dos anos 90 com elementos futuristas – algo que lembra a AVT de Loki ou até mesmo um Mad Max misturado com comerciais de fast-food da época. Essa combinação cria um universo visualmente único, com cidades decadentes e robôs que parecem mascotes de lojas antigas.
Essa ambientação é, sem dúvida, um dos grandes acertos do filme. Os efeitos visuais são impressionantes e conseguem convencer até os mais exigentes. Os robôs, por exemplo, têm um aspecto decadente, como se fossem relíquias tecnológicas de uma era passada, dando um charme extra ao mundo construído.
História Simples, Mas Divertida
A trama gira em torno de Michelle (Millie Bobby Brown), que parte em uma jornada ao lado de seu robô para encontrar seu irmão. No caminho, os dois encontram aliados e desafios, em uma narrativa que mistura ficção científica com aventura estilo sessão da tarde.
O filme não se aprofunda muito no desenvolvimento dos personagens e tampouco apresenta uma história complexa. O foco aqui é a jornada em si e a interação entre os protagonistas. A química entre Millie Bobby Brown e Chris Pratt funciona bem, e algumas cenas emocionam mais do que o esperado.
Se você espera algo mais denso e filosófico, pode se decepcionar. Mas se busca um entretenimento despretensioso, a proposta pode funcionar muito bem.
Trilha Sonora e Nostalgia dos Anos 90
A trilha sonora é um dos destaques. Composta por Alan Silvestri (Vingadores: Ultimato), a música reforça essa imersão nostálgica, trazendo canções que parecem saídas de uma fita cassete dos anos 90. Quem viveu a época vai se sentir transportado. The Electric State cria aquela atmosfera imersiva que lembra o impacto da trilha de Guardiões da Galáxia – daquelas que você termina o filme e já quer adicionar à playlist.
Além disso, a produção está repleta de referências da década, desde figurinos e objetos de cena até detalhes mais sutis que os espectadores atentos vão perceber. A própria Millie Bobby Brown se inspirou no visual de Drew Barrymore em Jardim de Pedra (1992) para compor sua personagem, reforçando ainda mais essa estética retrô.
Pontos Fracos: Ritmo e Simplicidade da História
Embora tenha muitas qualidades visuais e um clima nostálgico bem construído, o filme tem problemas de ritmo. Algumas partes se arrastam e poderiam ser mais enxutas. Além disso, os personagens não são tão desenvolvidos quanto poderiam ser, e quem conhece a graphic novel original de Simon Stålenhag pode achar que a adaptação simplificou demais certos elementos.
Por isso, a chave para curtir The Electric State é alinhar a expectativa: não espere uma ficção científica profunda e reflexiva, e sim um road movie futurista com belos visuais e uma pegada leve, onde a jornada dos personagens é o centro da história. Com esse contexto, reconhecer se The Electric State vale a pena assistir ou não é mais uma questão de expectativas.
Curiosidades e Recepção
- O filme custou cerca de US$ 320 milhões, tornando-se a produção mais cara da Netflix até hoje.
- Apesar do investimento alto, a recepção da crítica foi mista. Atualmente, a aprovação no Rotten Tomatoes é de apenas 14%, com alguns críticos apontando falta de profundidade no roteiro.
- O elenco inclui grandes nomes como Ke Huy Quan, Stanley Tucci, Jason Alexander, Brian Cox, Jenny Slate, Giancarlo Esposito, Anthony Mackie e Billy Bob Thornton.
- Curiosamente, Woody Harrelson dá voz a Mr. Peanut, um personagem robótico inusitado, em uma das colocações de produto mais estranhas do cinema.
Para os fãs de ficção científica visualmente impressionante, no entanto, a experiência pode valer a pena.
Afinal, Vale a Pena?
Se você busca um filme de ficção científica inovador, pode sair um pouco frustrado. Mas se a ideia é assistir a uma aventura nostálgica com um visual estilizado e personagens carismáticos, The Electric State pode ser uma boa escolha.
E você, já assistiu? O que achou do filme? Deixe seu comentário!
Disponível na Netflix!
Ficou interessado em assistir? The Eletric State está disponível para assistir na Netflix.
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