The Last of Us nunca foi apenas uma história de sobrevivência em um mundo devastado. Desde a primeira temporada, ficou claro que o verdadeiro foco da série está nos conflitos internos de seus personagens e na maneira como suas escolhas moldam — e destroem — as relações humanas. Com a chegada da segunda temporada, a complexidade dos personagens de The Last of Us se aprofunda ainda mais, mostrando que, em um cenário brutal, não existem heróis ou vilões simples. Entender essa profundidade é essencial para captar a força da narrativa.
5. Joel e Ellie não são apenas sobreviventes: eles carregam camadas de dor e amor
Após o salto temporal de cinco anos, a segunda temporada mostra que a relação entre Joel e Ellie não é mais a mesma. A frieza inicial de Ellie e as tentativas frustradas de Joel para se reaproximar revelam uma rachadura invisível, construída sobre a mentira contada por ele no final da primeira temporada.
A série deixa claro que ambos mudaram — e que a história que conhecíamos entre eles se tornou mais amarga, complexa e cheia de cicatrizes invisíveis. Não basta vê-los apenas como pai e filha postiços: há raiva, culpa, proteção e mágoa entrelaçados de maneira inseparável.
4. A morte de Joel muda tudo, mas o vínculo entre ele e Ellie permanece
O segundo episódio da temporada traz uma das cenas mais devastadoras de toda a série: a morte de Joel. Mesmo com o distanciamento recente entre eles, o desespero de Ellie ao ver Joel ferido revela que o laço construído ao longo dos anos não se desfez.
Esse momento brutal não impacta apenas pela violência, mas pelo peso emocional de tudo o que fica não dito — pela perda da única pessoa que, apesar de todos os conflitos, representava amor incondicional para Ellie. A morte de Joel transforma o mundo da série e reposiciona toda a história em torno da dor da perda.
3. Abby não é só uma vilã: ela é protagonista da própria história
À primeira vista, Abby surge como a responsável pela tragédia. Mas The Last of Us não se contenta em construir antagonistas rasos. A série mostra que, para Abby, Joel é o monstro que destruiu sua vida.
Sem o conhecimento do que Joel significava para Ellie, a motivação de Abby é profundamente pessoal: vingar o assassinato de seu pai e a perda da esperança para a humanidade. Assim como Joel tomou uma decisão movido pelo amor, Abby também é movida pela dor. Entender isso é essencial para perceber que não há lados fáceis em The Last of Us — apenas pessoas tentando sobreviver às próprias tragédias.
2. Cada decisão é movida por amor, dor ou sobrevivência, não por “bem” ou “mal”
O dilema do bonde — salvar uma pessoa querida ou milhões de desconhecidos — é o coração moral de The Last of Us. Para Joel, nunca houve dúvida: Ellie era sua única escolha. Para Abby, a vingança era inevitável.
A série rejeita julgamentos simples. A complexidade moral de suas decisões reflete um mundo onde sobrevivência e sentimentos pessoais pesam mais que ideais nobres. Ao mergulhar nessa ambiguidade, The Last of Us desafia o público a questionar suas próprias noções de certo e errado.
1. A complexidade dos personagens de The Last of Us revela sua humanidade
Joel não é apenas um sobrevivente endurecido: ele é alguém que toca violão, que sonhava em ser cantor e que luta para consertar o que ama. Ellie não é apenas uma jovem rebelde: ela é fascinada pelo espaço, adora trocadilhos e carrega traumas profundos.
Com a chegada de Abby, a série continua expandindo essa galeria de personagens cheios de contradições.
The Last of Us é, acima de tudo, uma história sobre ver o outro — e sobre a dificuldade de aceitar que todos, inclusive nós mesmos, somos infinitamente mais complexos do que parecemos.
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