Ao buscar uma série pós-apocalíptica, você pode imaginar cenários em ruínas, sobreviventes em desespero e um mundo claramente devastado. Mas Paradise faz o oposto: esconde seu colapso sob uma superfície elegante, política e silenciosa — pelo menos no começo.
Criada por Dan Fogelman (This Is Us), a série estreou em 2025 no Hulu e Disney+ e vem conquistando público e crítica com sua abordagem única. O primeiro episódio é contido e enigmático, quase um drama político minimalista. No entanto, por trás das decisões frias e dos ambientes sóbrios, algo muito maior está sendo gestado.
A partir daí, a série ganha ritmo. A narrativa alterna momentos emocionais intensos com ações surpreendentes e reviravoltas dramáticas, construindo um universo onde cada escolha tem um peso real — e talvez irreversível.
A distopia onde nada parece distópico… até que você percebe
Paradise evita os clichês do gênero. Não há um narrador explicando o colapso da civilização. Não há cenas óbvias de destruição. Tudo parece normal — talvez até bom demais. Mas à medida que os episódios avançam, a sensação de normalidade começa a rachar. E você passa a perceber que está assistindo a uma das distopias mais provocativas dos últimos anos.
Esse contraste entre o que parece ser e o que realmente está acontecendo é parte do charme da série.
Vale a pena assistir Paradise?
Sim, se você busca uma série pós-apocalíptica diferente de tudo que já viu. Paradise não entrega respostas fáceis nem exageros visuais. Em vez disso, propõe mistérios crescentes, dilemas morais intensos e uma crítica social afiada — tudo isso amparado por atuações sólidas e um roteiro engenhoso.
A série exige atenção, sim. Mas recompensa com surpresas bem construídas, perguntas incômodas e cenas que fazem pensar.
E sim, há ação, tensão e suspense reais — ainda que inseridos de forma mais calculada do que em produções comuns do gênero. Em certos momentos, a série lembra a urgência de Silo e a ambiguidade moral de Snowpiercer. Mas Paradise também carrega um elemento emocional incomum nesse tipo de narrativa.
Paradise lembra o peso emocional de This Is Us, o que não é coincidência: Dan Fogelman e Sterling K. Brown retornam aqui com a mesma sensibilidade, agora adaptada a um mundo distópico.
Entenda melhor essa conexão: Paradise e This Is Us: O Mesmo Coração?
Se você gosta de narrativas que mesclam emoção humana com tensão crescente, Paradise é uma escolha certeira.
Por Que Assistir Agora?
Mais do que uma ficção científica, “Paradise” provoca reflexões sobre o que realmente significa ter poder e como as decisões de hoje podem definir o futuro da humanidade.
Se o apocalipse chegasse amanhã, você estaria na lista dos escolhidos para sobreviver?
Enquanto esse dia (esperamos) não chega, essa série entrega mistério, ação e um roteiro afiado que vai fazer você questionar se estamos realmente tão distantes desse cenário. Portanto, se você curte narrativas que misturam conspiração, tecnologia e dilemas morais, “Paradise” é uma aposta certeira!
Haverá uma segunda temporada de Paradise?
Sim! A série Paradise foi renovada para a segunda temporada em 20 de fevereiro de 2025, conforme anunciado pelo Hulu e reportado pelo Deadline. Esse anúncio indica que o plano original do criador Dan Fogelman, de fazer uma história em três temporadas com oito episódios cada, segue nos trilhos.
As gravações da nova temporada começam em março de 2025, e Fogelman afirmou que deseja evitar longas esperas entre as temporadas. Segundo ele, a produção está pronta para avançar rapidamente, e a intenção é que Paradise retorne no mesmo período do ano que a primeira temporada, o que sugere uma estreia no início de 2026.
Além disso, a trama continuará exatamente de onde parou, dividindo o foco entre Xavier e os habitantes do Bunker City.
Se você estava ansioso por novidades, pode ficar tranquilo: Paradise ainda tem muito para explorar nos próximos capítulos!
Onde Assistir?
“Paradise” está disponível no catálogo da Hulu nos Estados Unidos e na Disney+ em outros países. Como a distribuição pode variar dependendo da região, vale conferir diretamente na plataforma para saber onde a série está disponível no seu país. Assim, você garante a melhor experiência sem perder nenhum detalhe da trama.
⚠️ A partir daqui: spoilers do episódio 1
Se você já assistiu ou não se importa com revelações iniciais, continue. Senão, pare aqui — e volte depois para refletir com a gente.
Uma Distopia Repleta de Reflexões
Em “Paradise”, o mundo acaba de forma catastrófica, forçando um grupo de 25 mil pessoas a se refugiar em um bunker de elite. Mas quem escolheu essas pessoas? E, mais importante, com base em quê?
A série provoca discussões filosóficas sobre quem merece ser salvo, quem toma essa decisão e quais os impactos de uma sociedade onde poucos controlam todos os recursos. Além disso, a narrativa nos faz refletir sobre como decisões aparentemente pequenas podem ter consequências massivas.
Curiosamente, essa ideia de uma elite definindo o futuro da humanidade não é apenas ficção. Bilionários como Elon Musk e Jeff Bezos investem na exploração espacial, defendendo que a humanidade precisa se expandir para outros planetas. Seja para evitar uma futura crise global ou para garantir a continuidade da civilização além da Terra, essas iniciativas levantam questões sobre quem realmente molda o futuro.
Dessa forma, “Paradise” funciona como um espelho para essas discussões do mundo real, nos convidando a refletir sobre os rumos da sociedade e o impacto das decisões tomadas por poucos.
O Peso do Poder e da Tecnocracia
A série explora como grandes corporações e megaempreendedores assumem um papel quase governamental ao bancar a construção do bunker. Se na vida real já vemos a influência das big techs na política e economia, “Paradise” amplifica essa preocupação ao mostrar como bilionários se tornam os novos líderes do projeto que define o destino de todos.
No lugar de um estado democrático, temos um “conselho de magnatas” decidindo quem vive e quem fica para trás. Assim, a trama levanta um questionamento real: o futuro da humanidade será guiado por líderes eleitos ou pelos donos da tecnologia?
Personagens que Espelham Dilemas Humanos
Apesar dos elementos sci-fi, o verdadeiro coração da série são os personagens e seus dilemas morais. Sterling K. Brown interpreta Xavier Collins, um agente secreto que descobre o corpo do ex-presidente dentro do bunker. Esse assassinato desencadeia uma investigação que pode abalar toda a estrutura do refúgio subterrâneo — e trazer à tona verdades que os poderosos querem manter enterradas.
Ao longo dos episódios, vemos também personagens lidando com culpas, perdas e escolhas impossíveis. Como é viver sabendo que você foi salvo enquanto bilhões de pessoas ficaram para morrer? Como confiar em um sistema que escolheu a dedo quem merecia sobreviver? Por isso, a tensão cresce a cada episódio.
Reviravoltas e Segredos a Cada Episódio
“Paradise” aposta em flashbacks, conspirações e tramas paralelas que gradualmente desenrolam o mistério do que realmente destruiu a superfície. A cada capítulo, novas peças surgem no quebra-cabeça, revelando segredos sobre o bunker e o mundo exterior. Há ameaças lá fora? Será que tudo que os sobreviventes sabem é uma mentira?
Se você gosta de séries como “Lost”, “Silo” e “Prison Break”, vai se sentir em casa com as reviravoltas que tornam impossível assistir só um episódio por vez. Além disso, a narrativa prende a atenção até os minutos finais.
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